terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dicionário de ballet

                               
                                      
Adage, Adagio - Adage é uma palavra francesa derivada do italiano ADAGIO e significa devagar ou com descanso. Os professores ingleses de ballet usam ADAGE, a adaptação francesa, enquanto que os americanos preferem o original italiano. No ballet esta palavra tem duas significações:
1) uma série de exercícios do centro, consistindo de uma sucessão de movimentos lentos e graciosos que podem ser simples ou de caráter muito complexo, executados com fluidez e aparente facilidade. Estes exercícios desenvolvem a capacidade de sustentação, a estética, o equilíbrio e a pose correta, o que permite ao bailarino executar movimentos graciosos e certos. Os principais passos do adágio são pliés, développés, grand fouettés en tournant, dégagés, grands rond de jambes, rond de jambe en l'air, coupés, battements tendus, attitudes, arabesques, preparação para piruetas e piruetas;
2) a abertura do clássico pas-de-deux no qual a bailarina, ajudada pelo parceiro masculino, executa os movimentos lentos e o bailarino levanta, sustenta ou transporta a bailarina. Esta, assim amparada, pode então exibir sua graça, sua linha e seu perfeito equilíbrio, executando développés, piruetas, arabesques etc., e consegue combinações de passos e poses que seriam impossíveis sem a ajuda do partner.

Air, en l' - No ar. Indica: 1) que um movimento vai ser feito no ar, por exemplo, rond de jambe en l'air; que a perna em movimento (após ter sido aberta na segunda ou na quarta posição) será levantada a uma posição de 45ª, 90ª ou 120ª.

Allegro - Vivo, esperto. Para todos os movimentos brilhantes e vivos. Todos os passos de elevação tais como entrechats, cabrioles, assemblés, jetés etc. obedecem a esta classificação. As qualidades mais importantes que se deve ter em mira num allegro são a leveza, a suavidade, o balanço e a vivacidade. Devem ser executados com controle na descida ao solo, mantendo o en dehors.

Allongé - Alongado, estendido, esticado. Exemplo: arabesque allongé, quarta posição allongé.

Aplomb - Aprumo. Dá-se o nome de Aplomb à elegância e ao controle perfeito do corpo e dos pés, conseguido pelo bailarino ao executar o movimento.

Arabesque - Arabesco. Uma das poses básicas do ballet, que tira o seu nome de uma forma de ornamento mourisco. No ballet, é uma posição do corpo, apoiado numa só perna que pode estar na vertical ou em demi plié, com a outra perna estendida para trás e em ângulo reto com ela, sendo que os braços estão estendidos em várias posições harmoniosas criando a linha mais longa possível da ponta dos dedos da mão à dos pés. Os ombros devem ser mantidos retos em frente à linha de direção. As costas devem estar sustentadas, sendo a linha feita pelas diversas posições (1ª, 2ª e 3ª). Os arabesques são geralmente empregados para concluir uma fase de passos, tanto nos movimentos lentos do adágio como nos movimentos vivos e alegres do allegro. Também são executadas pirouettes em arabesque

Arriére, En - Para trás. Uma direção para a execução de um passo. Expressão usada para indicar que o passo é executado em direção oposta ao público, ou de acordo com o movimento executado. Muitos alunos confundem com derrière, o que sería a indicação dos pés associado ao nome do passo, ou posição, por exemplo, degagé derrière, pas de bourrée derrière...

Assemblé - Juntos ou reunidos. Um passo no qual um pé escorrega pelo chão como num glissé, é jogado ao ar, e nesse momento, o bailarino salta a perna de apoio, esticando os dedos dos pés. Ambas as pernas vão ao chão, aterrisando ao solo juntas, reunidas.

Assemblé Battu - O mesmo acima, só que na volta é executada uma batida das pernas no ar antes da descida, podendo ser simples, sem troca de pés, ou com a troca de pés.

Attitude - Uma determinada pose do ballet tirada por Carlo Blasis da estátua de Mercúrio por Jean Bologne. É uma posição numa perna só com a outra levantada para trás com o joelho dobrado num ângulo de noventa graus e bem virada para fora para que o joelho fique mais alto do que o pé. O pé de apoio pode ser à terre, sur la pointe ou demi-pointe. O braço do lado da perna levantada é mantido por cima da cabeça numa posição curva enquanto que o outro é estendido para o lado. O attitude também pode ser com a perna levantada para a frente.

Avant, En - Para a frente. Uma direção para a execução de um passo. Usado para indicar que um determinado passo é executado para a frente. exemplo: assemblé en avant.

Balancé - Passo balançado. Este passo é muito parecido com o passo de valsa e é uma alternativa de balança, passando o peso de um pé para o outro. O balancé pode ser feito cruzando o pé na frente ou atrás. Quinta posição, pé direito para frente. Demi-plié, dégagé o pé direito para a segunda posição e desloca sobre o mesmo levemente em demi-plié cruzando o pé esquerdo atrás do tornozelo direito e inclinando a cabeça e o corpo para a direita. Pisa no pé esquerdo demi-pointe atrás do pé direito levantando este ligeiramente, e depois deixa-se cair novamente sobre o pé direito em demi-plié com o pé esquerdo levantado com um cou-de-pied atrás.

Balançoire, En - Como uma gangorra. Termo aplicado a um grande battement quando executado com um movimento contínuo de balanceio da quarta posição na frente ou atrás, passando por aquelas posições na primeira. O movimento é o mesmo que en cloche.

Ballon - Bola. Pulo elástico. Uma qualidade leve e elástica dos movimentos do bailarino como os suaves pulos de uma bola de borracha.

Balloné - Pulando como uma bola. O bailarino pula executando simultaneamente um battement depois cai em demi-plié na perna de sustentação.

Ballotté - Jogado, atirado. Um alegre passo atirado que requer muito equilíbrio, ballon e épaulement. Também é chamado de Jeté bateau.
Bas, En - Em baixo. Usado para indicar uma posição baixa dos braços.

Battement - Batida. Uma ação de batida da perna estendida ou dobrada. Há dois tipos de batidas, grandes e pequenas. As pequenas batidas são: battements tendus, dégagés e relevés: esticados, apartados, batidos e levantados.

Batterie - Bateria. O termo técnico francês para passos batidos. Um termo coletivo significando todo o vocabulário das batidas. Qualquer movimento no qual as pernas batam juntas ou uma perna bata de encontro à outra, a batida sendo efetivamente feita com a barriga das pernas. Amabas as pernas devem ficar igualmente esticadas durante uma batida. Nunca se bate com uma perna enquanro a outra está passiva. A bateria é dividida em grande bateria e pequena bateria, segundo a elevação, grande ou pequena.

Battu - Batido. Qualquer passo embelezado com uma batida é chamado de pas battu. Exemplo: assemblé battu.

Bras - Braços
.
Bras bas - Braços baixos. Esta posição é o atenção dos bailarinos. Os braços formam um círculo com as palmas da mão de frente uma para a outra e as costas das mãos repousando nas coxas. Os braços devem ficar pendurados livremente mas sem permitir que os cotovelos toquem no corpo.


Brisé - Partido. É feito dessus, dessous, en avant e en arrière. Fundamentalmente, um brisé é assemblé batido em movimento. A perna em movimento arrasta-se da quinta posição para a segunda en l'air de forma que a ponta do pé fique a alguns centímetros do chão, bate na frente ou atrás da outra perna que se deslocou ao encontro dela, em seguida ambos os pés voltam ao chão simultaneamente em demi-plié na quinta posição.

Cabriole - Um passo saltitante onde o dançarino bate as duas pernas juntas no ar. A perna de sustentação vai de encontro com a de movimento.

Cambré - Arqueado. Dobrar o corpo a partir da cintura, para a frente, pra trás ou pra os lados, a cabeça acompanha o movimento.
Centre practice - Exercícios feitos no centro.

Chainés - Uma série de voltas rápidas na ponta ou demi-pointe feitos em linha reta dentro de um círculo.

Changements de pieds - Troca de pés. Passos saltitantes na quinta posição onde os pés são trocados no ar.

Changer de pied - Indica que os pés no fim de um passo devem ser trocados.

Chassé - Um passo no qual um pé lateralmente caça o outro para fora da sua posição.

Ciseaux - Um movimento em forma de tesoura abrindo-se as pernas numa posição ampla e en l'air cortando com ambas o ar, cruzando com um movimento brusco uma das pernas levando-a esticada da frente para trás.

Cloche - O pé passa da frente para trás através da primeira posição, seja num jeté ou tendue, por exemplo.

Contretemps - Contratempo. Passo composto de um coupé chassé, temps levé, chassé passé. 5ª posição, direita em frente; coupé com a perna esquerda, chassé en avant com a direita, um temps levé sobre a perna direita, com a esquerda atrás em arabesque, e um chassé passé com a esquerda terminando em 4ª allongée, com o peso sobre a perna esquerda em demi plié e a direita atrás em degagé a terre.

Coté, De - De cabeça. Exemplo: balancé de coté.

Cou-de-pied - Peito do pé. A parte do pé entre o tornozelo e a base da panturrilha é chamada de cou-de-pied.

Coupé - Um passo intermediário feito como preparação ou impulso para algum outro passo. Um pé corta o outro afastando-o e tomando seu lugar.

Croisé - Cruzado.  O cruzamento das pernas com o corpo colocado em ângulo oblíquo em relação ao público.

Dedans, En - Para dentro. Em passos e exercícios o termo en dedans indica que a perna, à terre ou en l'air, se mexe em movimento circular em sentido anti-horário de trás pra frente. Por exemplo, em rond de jambe à terre en dedas. Em pirouettes o termo indica que a pirouette é feito para dentro em relação à perna de base.

Dehors, En - Para fora. Em passos e exercícios o termo en dehors indica que a perna, à terre ou en l'air, move em uma direção circular, em sentido horário de frente pra trás. Por exemplo, em rond de jambe à terre en dehors. Em pirouettes o termo indica que uma pirouette é executada com a perna bem aberta, para fora.

Demi-bras - "meio" braço.

Demi-plié - Joelhos meio dobrados. Todos os passos de elevação começam
e terminam com um demi-plié.

Derriére - Atrás. Este termo pode referir-se a um movimento, passo ou a colocação de um membro atrás do corpo. Com referência a um passo determinado.

Dessous  ou Under- Para trás. Indica que o pé que trabalha passa atrás do pé de base.
Por exemplo, em pas de bourrée dessous.

Dessus ou Over- Para frente. Indica que o pé que trabalha passa à frente do pé de base.
Por exemplo, em pas de bourrée dessus.

Détiré - Destender. Uma esticada da perna sustentando-a pelo calcanhar com a mesma mão correspondente à perna em movimento. Este exercício é feito geralmente na barra.
Détourné - Desvirado de lado. Um détourné é uma volta para trás na direção do pé de trás invertendo a posição dos pés. É sempre feito nas pointes ou demi-pointes. Há duas formas de détourné: demi-détourné e détourné completo, girando uma meia volta no pé da frente em direção ao de trás,
Devant - Na frente. Este termo refere-se a um movimento de passo ou à colocação de um membro na frente do corpo. com referência a um passo determinado, exemplo: jeté devant,

Développé - Desenvolvido. Um développé é o movimento feito a partir de um retiré onde a perna é levantada para a frente, ou lado, ou trás, mantendo-a na posição.
Diagonale, En - Em diagonal. Indica que um passo deve ser feito deslocando o corpo em diagonal.

Divertissement - 1. Uma seção de danças no balé que não tem nehuma conexão com o enredo, por exemplo, a dança das fadas, em "A Bela Adormecida", 3º Ato, ou "Camponês", pas de deux em "Giselle" 1º Ato.
2. Uma curta dança ou trecho de um longo balé como uma parte separada em determinado programa.

Écarté - Separado, apartado. O écarté é uma posição especial do corpo quando este fica diagonalmente em direção ao público com os braços e pernas alinhados. Uma das pernas fica à la secondé e os braços em posição de atitude, sendo que o da perna esticada é o mais baixo.
Échappé - Um échappé é um passo de salto, onde os dois pés pulam fechados em quinta e trocam de lugar no ar, acabando em demi-plié no chão. Dependendo do caso, échappés são feitos da segunda para a quarta posição, os dois pés em distâncias iguais do centro original de gravidade.

Effacé ou Ouvert -  Uma posição do corpo onde o dançarino se vira para o lado do público. Estando a perna de trabalho aberta em relação à perna de base.                           
Entrechat - Um passo no qual o bailarino pula no ar e cruza rapidamente as pernas atrás uma da outra. Existe o entrechat deux (um cruzamento), quatre (dois cruzamentos), six (o pé da frente bate uma vez no ar no pé de trás e cai trocando os pés), cinq (igual ao quatre, porém a caída é sobre um pé, sendo que o outro fica sur le cou-de-pied), trois e sept (igual ao six, mas a descida é sobre um pé, sendo que o outro é sur le cou-de-pied).

Épaulement - Um ligeiro movimento dos ombros, em croisé ou effacé, em relação à cabeça e às pernas, utilizadas principalmente no balé clássico, particularmente nas escolas Italianas, Russas e Britânicas.
Na velha França e nas escolas Dinamarquesas é raramente usado.


Face, En - De frente, completamente de frente para o público.

Failli - Falho. Um movimento rápido feito em um só tempo. De um demi-plié na quinta posição, pula com os pés juntos e, no ar, vira-se deixando o ombro esquerdo para a frente.
No ar, a perna de trás abre para trás e, ao cair, escorrega para a frente,
enquanto a perna da frente fica em demi-plié.

Flic-flac - A preparação desse passo é um tendue à la seconde sendo que a perna de apoio está em demi-plié.
A perna do tendue cruza para trás da outra perna enquanto esta se levanta para girar,
depois dá uma raspada no chão, e fecha em coupé.

Fondu, Fondue - Descida, derretido. Um termo utilizado para descrever a baixa do nível do corpo através da dobradura dos joelhos da perna de base. Saint-Léon escreveu "Fondu é em uma perna enquanto plié é em duas". Em alguns instantes o termo fondu também é utilizado para descrever a finalização de um passo quando a perna que está trabalhando vai ao chão em um movimento suave.

Fouetté - Um passo giratório, geralmente feito em série, onde a perna que está trabalhando é jogada para o lado em rond de jambe (vide) e enquanto o dançarino gira sobre a perna de base, mantendo a perna elevada.
Frappé - Batido ou bater.

Gargouillade -  Pas de chat com um rond de jambe en l'air, este último feito com a perna que pula primeiro.

Glissade - Deslizamento. Um passo onde, da quinta posição em demi-plié, é feito um jeté à la seconde com a perna da frente, tomando impulso para um pequeno salto onde a perna de trás fecha na frente. Pode ser devant, derriére, under, over, en avant, en arriére, en tournant.

Glissé - Escorregando, deslizando.

Hauter, À la - Para o alto. Uma posição na qual a perna em movimento é levantada em ângulo reto com os quadris.

Jeté - Jogado, atirado. Um pulo de uma perna para qualquer direção.
Existem vários tipos de jetés: grand jeté, jeté fondu, fermé de coté, en tournant e vários outros.

Pas de basque - Passo de Basque. Um passo característico das danças tradicionais dos bascos. É um passo alternado em três tempos com um movimento largo de lado a lado.
O movimento pode ser feito sauté ou glissé deslizado.

Pas de bourée - Existem vários tipos de pas de bourée, mas basicamente consiste em, de uma posição qualquer, o pé de trás pisar em demi-pointe ou sur les pointes onde estava, para então a outra perna se dirigir para o seu lado, pisando em seguida no chão e sustentando a outra perna,
que vai de encontro à esta para fechar em 5ª posição.

Pas de chat - passo do gato - Um salto rápido e preciso, fechado em quinta ou em terceira posição. Através de um demi-plié, as duas pernas pulam e ficam dobradas no ar ao mesmo tempo que avançam de lugar. Os pés permanecem esticados

Pas de cheval - Passo de cavalo. Consiste em "raspar" a ponta do pé esticado no chão, pulando graciosamente quando mudar de perna.

Pas de deux, Grand - Dança a dois. Diferente do pas de deux simples que tem uma estrutura definida. Em regra geral o grand pas de deux divide-se em cinco partes: Entrée, Adage, Variation para o bailarino, Variation para a bailarina e o Coda, no qual os dois dançam juntos.

Pas marché - Passo de marcha. O termo significa um andar altivo e nobre. Quinta posição, pé direito à frente. Faça um developpé para a frente com o pé direito, coloque-o no chão em demi-plié, quarta posição e continue alternando as pernas.

Passé - é uma passagem. Um movimento auxiliar no qual o pé da perna que está em movimento passa pelo joelho da perna de apoio, de uma posição para outra.

Pas de valse - Passo da valsa. É feito com um gracioso balanço do corpo e diversos movimentos com o braço. Pode ser feito de frente ou en tournant.

Penchée, Penché - Inclinar para a frente, levantando a perna de trás, e fazendo o possível para as costas não descerem. No arabesque penché, o corpo deve formar uma linha reta.
,
Piqué, posé  - Nesse passo deve-se tocar diretamente com a pointe ou demi-pointe do pé que está em movimento em qualquer direção ou posição desejada com o outro pé suspenso no ar.

Pirouette - Rodopiar ou girar rapidamente. Uma volta completa do corpo sobre um pé em demi-pointe ou pointe, sendo conseguida a força impulsora pela combinação de um plié com movimento de cabeça (spotting).
                     
 Plié - Uma dobra de joelhos ou joelho. Este exercício torna as juntas e os músculos mais flexíveis e maleáveis bem como tendões mais elásticos. Existe o plié, que é uma dobra não muito acentuada dos joelhos,
e o grand plié, onde a dobra dos joelhos é bem acentuada,
levantando os calcanhares quando já perto do chão na 1ª, 3ª e 5ª posição.

Pointe - A ponta do pé. As mulheres, e raramente os homens, dançam sobre a ponta dos pés em sapatilhas. A introdução dessa técnica no início do século XIX tornou possível o desenvolvimento da virtuosidade feminina, como múltiplos fouettés e sustento em uma só perna. Meia ponta é quando o (a) dançarino (a) se eleva com os dedos tocando o chão e o resto do pé elevado.

Port de bras -
1) um movimento ou série de movimentos feitos com um braço ou braços em diversas posições.
A passagem dos braços de uma posição para outra.
2) termo para um grupo de exercícios que torna o movimento dos braços mais gracioso e harmonioso.

Promenade, En - Indica que a bailarina roda vagarosamente em um pé sur place com um ligeiro movimento do calcanhar para o lado desejado mantendo uma pose definida.


Relevé - Elevado. Uma elevação do corpo iniciando com demi-plié e subindo em pontas ou meia pontas, ponta ou meia -ponta, ajustando- se os pés para o eixo.

Retiré - Uma posição na qual a coxa é levantada para cima de modo que
a ponta do pé fique encostada levemente no joelho.

Rise - subida na meia ponta ou ponta sem dobrar os joelhos.
Rond de Jambe - Movimento da perna em círculo. Ronds de jambe são usados como exercícios na barra, no centro e em adágio e são feitos à terre ou en l'air e pode ser sauté ou relevé.

Seconde, A la - Em segunda. Termo para indicar que o pé deve ser ou
está colocado na segunda posição ou que está ao lado. 
Sissone - Salto iniciando de duas pernas podendo cair  em um pé com a perna trabalhada estendida para o lado,frente ou atrás. (Sissone ouvert) ou finalzando com as duas prnas juntas (sissone fermé)

Soubressaut - Um salto dado da quinta posição para frente (en avant, croisé ou ouvert en avant). Quando o corpo está no ar os joelhos e as pontas estão esticadas, o pé da frente deve esconder o pé de trás. Caia simultaneamente com os dois pés na quinta posição com o mesmo pé à frente que iniciou o salto.

Sous-sous - Sous-sous é um relevé na quinta posição. Os pés devem ficar bem juntos no momento de se levantar nas pointes ou demi-pointes.


Spotting - Este termo é dado ao movimento da cabeça em pirouettes, déboulés, fouetté ronds de jambe en tournant, etc. Nessas voltas a bailarina escolhe um ponto fixo à frente e ao rodar a cabeça deve fixar sempre o ponto de referência sendo a última a estar na direção deste ponto fixo e a primeira a se encontrar nesta direção enquanto o corpo completa a volta. Este movimento muito rápido da cabeça dá a impressão de que o rosto está sempre virado para a frente, evitando a tontura.

Temps levé - Tempo levantado. Um temps levé consiste de um salto para cima e a volta para o mesmo lugar, sempre sobre uma perna só, com a outra em qualquer posição (na figura em coupe derriére); como em qualquer passo de salto inicia-se com o demi plié e também termina com o demi plié.

Tendu - Ver battements.

Tombée - Termo usado para indicar que o corpo cai para frente ou para trás na perna de movimento num demi-plié.

Variation - Variação. Dança a um no ballet clássico.

Volée, De - Indica que um passo específico deve ser dado com um movimento de vôo

este dicionário se refere ao sistema Royal de ensino e foi retirado daqui . infelizmente nao foi possivel postar as imagens por isso se quiserem visitem o site referido acima para saberem mais , obrigada espero ter ajudado ! :* 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sapatilhas de Ponta

Assim como em qualquer meio, o ballet clássico também tem lá suas peculiaridades. Herdamos dos russos a obsessão pela simetria e pela padronização. Nos conhecidos ballets brancos (O Lago dos Cisnes, Giselle, La Bayadère), tudo é milimetricamente simétrico: a altura dos braços e das pernas, a distância entre uma bailarina e outra no corpo de baile, a composição coreográfica, a maquiagem, o esmalte, o posicionamento das mãos e da cabeça, as expressões do rosto. Tente encontrar alguma assimetria e você não conseguirá encontrá-la.
Ironicamente, não é isso o que acontece entre os fabricantes de sapatilhas de ponta. Já expliquei aqui que, até os dias de hoje, a fabricação das sapatilhas tem uma característica bastante artesanal. Cada uma é finalizada à mão e apenas parte do processo é fabril. Isso faz com que as sapatilhas apresentem diversas numerações, deixando bailarinas iniciantes e profissionais doidinhas à procura de uma sapatilha de tamanho equivalente. No Brasil, a situação ainda se agrava, pois nossa numeração padrão de calçados difere da americana e européia.
Os fabricantes de sapatilhas de ponta disponibilizam inúmeros tamanhos, larguras e durezas em seus produtos. Não é raro encontrar as letras S, M e W ou até mesmo as indicações X, XX, XXX e XXXX. Todos possuem marcações diferentes que variam não só entre marcas, mas também entre modelos do mesmo fabricante! Por isso, é tão importante identificar os símbolos e as marcações utilizadas pelo fabricante da sua sapatilha na hora de comprá-la, principalmente com a facilidade da internet.
Ainda assim, não é rara aquela sensação de engano. Que atire a primeira pedra à bailarina que nunca pensou: “Poxa… tenho certeza que comprei o mesmo número daquela sapatilha velhinha e que estava maravilhosa no meu pé. Mas por que diabos o mesmo número não deu certo?”. Não… não foi seu pé que inchou. E você também não engordou. O fabricante pode ter simplesmente utilizado um pouquinho mais de cola que o normal ou uma camada a mais de material resistente. Infelizmente, a característica artesanal desse mercado o torna muito vulnerável.
É muito importante lembrar que, mesmo dentre modelos do mesmo fabricante, pode haver divergências nos tamanhos. Portanto, verifique se o modelo que você usa possui a numeração padrão do fabricante.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A História das Sapatilhas de Ponta

As mulheres começaram a dançar no balé em 1681, 20 anos depois que o rei Luís XIV da França ordenou a fundação de seu Ballet Ópera de Paris. Naquela época as mulheres dançavam os ballets com sapatos de salto. Em Meados do século 18 a bailarina Marie Camargo do Ballet Ópera de Paris foi a primeira a vestir um sapato sem salto, permitindo-lhe realizar movimentos que teriam sido difíceis, senão impossíveis com o sistema convencional de sapatos da época. Após a Revolução Francesa os saltos foram completamente eliminados do ballet. Esses antecessores da sapatilha de ponta moderna envolviam os pés por tiras que terminavam em pregas sob os dedos, para que osbailarinos pudessem saltar, executar giros e esticarem seus pés.
As primeiras dançarinas a subirem nas pontas o fizeram com a ajuda de uma invenção de Charles Didelot em 1795. Sua "máquina voadora" levantou as bailarinas ainda mais, permitindo que subissem nas pontas antes de sair do chão. Esta qualidade de leveza etérea e foi bem recebida pelo público e, como resultado, coreógrafos começaram a procurar maneiras de incorporar mais pointework em suas peças.
Como a dança evoluiu no século 19, a ênfase na habilidade técnica aumentou, assim como o desejo de dançar nas pontas sem o auxílio de fios. Quando Marie Taglioni dançou pela primeira vez La Sylphide nas pontas, os sapatos eram nada mais do que chinelos de cetim modificados; as solas eram feitas de couro e as laterais e pontas eram reforçadas para ajudar os sapatos manterem sua forma. Porque os sapatos deste período não ofereciam nenhum apoio, as dançarinas protegiam seus pés com algum tipo de ponteira almofadada para maior conforto e contavam apenas com a força de seus pés e tornozelos para sustentação.
Uma forma substancialmente diferente de sapatilha de ponta apareceu na Itália no final do século 19. Bailarinas como Pierina Legnani usavam sapatilhas com uma superfície plana nas pontas, ao invés dos modelos anteriores mais pontiagudos. Estas sapatilhas também incluiam uma "box", caixa, feita de camadas de tecido para conter os dedos do pé, e uma sola rígida, forte. Elas eram feitas sem pregos e as solas só eram reforçadas nos dedos dos pés, tornando-as bem silenciosas.
O nascimento da sapatilha de ponta moderna é quase sempre atribuído a bailarina russa do início do século 20, Anna Pavlova , que foi uma das mais famosas e influentes bailarinas de seu tempo. Pavlova tinha particularmente um colo de pé muito arqueado, o que a deixou vulnerável a lesões ao dançar nas pontas. Ela também tinha pés alongados e cônicos, resultando em excesso de pressão aos dedos grandes. Para compensar isso, ela iria inserir solas de couro em suas sapatilhas como reforço extra e achatou e endureceu a área dos dedos formando uma caixa ou "box".Como esta prática fez dançar nas pontas ficar mais fácil para ela, foi considerada por outras bailarinas como "trapaça".

Fonte: http://thedanceasp.blogspot.com/2011/02/historia-das-sapatilhas-de-ponta.html

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Como conservar e guardar os seus tutus ?


Enquanto tutus românticos e saias são geralmente transportados em sacos de roupa normal, o tutu clássico panqueca; requer uma bolsa especial para proteção durante o transporte. Se você dobrar seu tutu, seria realmente arruinar com a sua forma e aparência

 

tipos de tutu

O que é um tutu?
Um tutu de ballet é uma saia usada como uma fantasia em um espetáculo de balé, muitas vezes com corpete em anexo. Pode consistir de uma única camada, pendurado para baixo, ou de múltiplas camadas engomadas. Tutus são muitas saias envolventes, preso na cintura por fitas costuradas. Podem também ser anexados aos colants, esses geralmente são longos e armados.
Existem vários tipos de tutu de ballet:

Tutu Clássico (panqueca)
Uma saia curta e rígida, feita com camadas de pano que se estende para fora do quadril, montada em um corpete. O estilo panqueca tem muitas camadas de tule e usa um arco de arame para manter as camadas planas e duras.

classical-tutu




Tutu Clássico (sino)
Uma saia curta e rígida, feita com camadas de pano com uma ligeira forma de sino montada num corpete. Ele se estende para o exterior a partir dos quadris e não usa o arame. Geralmente, é mais usado do que o tutu clássico panqueca.

\classical-tutu-bell
Tutu Romântico
Um tutu formato sino de ¾ de comprimento em forma de saia de tule  montado num corpete e, por vezes, usam mangas, disse ter sido inventado, ou pelo menos popularizado, por Marie Taglioni. O tutu romântico salienta a leveza e a qualidade etérea dos ballets românticos, como Giselle ou Les Sylphides. A saia cai entre o joelho e o tornozelo.

 romantictutu
Tutu Balanchine / Karinska
Essa forma de tutu é similar aos estilos sino e tutu panqueca, exceto que não são utilizados aros e há menos camadas de pano. A saia é levemente pregada para dar uma aparência mais suave, mais cheia.
Este estilo foi concebido originalmente para a versão do balé da Sinfônica de Georges Bizet.
 tutu_balanchine
Fonte : http://www.dicasdedanca.com.br/ballet-classico-quais-sao-os-modelos-de-tutu-no-ballet-classico.html

domingo, 22 de janeiro de 2012

Ballet Contemporâneo


      O Ballet Contemporâneo, mais conhecido por Ballet Moderno, foi criado no início do século e ainda preserva o uso das pontas e gestuais ainda muito próximos do Ballet Clássico. Neste estilo de dança a coreografias começam a ter ideologias diferentes. Não há mais uma história que segue uma seqüência de fatos lógicos, mas sim muitos passos do ballet clássico misturados com sentimentos. As roupas usadas no Ballet Contemporâneo são geralmente colants e malhas, como em uma aula normal, para dar maior liberdade de movimento aos dançarinos. É o estilo que vem antes da dança moderna, que esquecerá os passos clássicos, dando ênfase somente aos movimentos corporais. Seu principal difusor foi George Balanchine, em Nova York, com belíssimas coreografias como Serenade, Agon e Apollo.
 Ballet - Apollo

Ballet Clássico


      O Ballet Clássico, ou Dança Clássica, surgiu numa época de intrigas entre os Ballets Russo e Italiano, que disputavam o título de melhor técnica do mundo. Sua principal função era expremer ao máximo a habilidade técnica dos bailarinos e bailarinas e o virtuosismo que os passos de ballet poderiam mostrar e encantar toda a platéia. Um exemplo deste virtuosismo são os 32 fouettés da bailarina Pierina Legnani em 'O Lago dos Cisnes', ato que fazia milhares de pessoas ficarem de boca aberta. Esses Ballets também se preocupavam em contar histórias que se transformaram basicamente em contos de fadas. Nestes Ballets procura-se sempre incorporar seqüências complicadas de passos, giros e movimentos que se adaptem com a história e façam um conjunto perfeito. No Ballet Clássico a roupa mais comumente usada eram os tutus pratos, aquelas sainhas finas de tule, marca característica da bailarina, pois permitiam que as pernas da bailarina fossem vistas e assim ficasse mais fácil verificar se os passos estavam sendo executados corretamente. Como exemplos de Ballets Clássicos temos o já citado 'O Lago dos Cisnes' e 'A Bela Adormecida'.
  Ballet - O Lago dos Cisnes

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ballet Romântico

O Ballet Romântico é um dos mais antigos e que se consolidaram mais cedo na história do Ballet. Esse tipo de dança atraiu muitas pessoas na época devido o Movimento Romântico Literário que ocorria na Europa na primeira metade do século XIV, já que se adequava à realidade da época, pois antes as pessoas diziam que não gostavam de Ballet porque não mostrava nada do real. Os ballets que seguem a linha do Romântico pregam a magia, a delicadeza de movimentos, onde a moça protagonista é sempre frágil, delicada e apaixonada. Nesses Ballets se usam os chamados tutus românticos, saias mais longas que o tutu prato. Estas saias de tule com adornos são geralmente floridas, lembrando moças do campo. Como exemplos de Ballets Românticos podemos citar 'Giselle', 'La Fille Mal Gardèe' e 'La Sylphides'.
Fonte : http://danseur.br.tripod.com/index_arquivos/ballet.htm

 Ballet Giselle
Fonte : http://www.dancasemparar.com/